Numa aula
teórica de TCE II tivemos o prazer de ver este vídeo. Neste seguimento, a
professora pediu para fazermos algumas perguntas sobre o vídeo e decidimos
postar aqui, no nosso blog. Espero que tenham ficado esclarecidos quanto ao que
Chimamanda desabafa.
1. Quem
fala
Chimamanda Ngozi Adichie nasceu a 15 de
Setembro de 1977, no Estado de Anambra, na Nigéria. Esta escritora nigeriana
foi convidada para testemunhar as suas vivências na conferência TED, dando o
nome a essa sequência de histórias de “o perigo de uma história única”
2. Onde
fala
Esta contadora de histórias testemunhou
algumas das suas mais hilariantes histórias, na conferência TED, conferência
esta que é destinada à disseminação de ideias, que serão expostas num tempo
máximo de 18 minutos, abrangendo aspetos da ciência e da cultura.
3.
Do que fala
O discurso feito por Chimamanda Adichie
tem por base aprofundar a expressão: “história única”. Começa por contar a
história de vida dela, falando primeiramente da sua infância e da sua família. Explica
então que teve uma infância muito feliz, começando desde muito cedo a ler e a
escrever. Foi uma escritora precoce onde as suas histórias retratavam os países
ocidentais e toda uma nova realidade que ela desconhecia pois nunca teria saído
da sua terra natal. Mais tarde, quando descobriu que havia livros africanos e
os começou a ler, as suas histórias começaram a ser testemunhos da sua vida e
por isso escrevia sobre uma realidade que conhecia e não o que imaginava.
Revela que a população é influenciada e
que as pessoas julgam mesmo antes de conhecer como aconteceu com a sua
companheira de quarto. As pessoas apenas falam do que ouvem e não pesquisam se
o que dizem é o mais correto, por isso julgam-se umas às outras, principalmente
as que são de raças ou continentes diferentes, sentindo-se superiores e com
mais “poder”.
Adichie menciona que as atrações estão
apenas e somente viradas para a Europa e para a América do Norte e é através
destas visões que se criam os estereótipos que, mais cedo ou mais tarde, terão
influência no pensamento das gerações sobre os restantes países, nomeadamente o
país africano, mais pelo facto de ser um continente completamente diferente e
com outras necessidades.
A história única funciona como: “mostre
um povo como uma coisa, como somente uma coisa, repetidamente, e será o que
eles se tornarão” e por isso temos que a contrariar. Só o conseguimos fazer se
tivermos a capacidade de ouvir “as duas versões”. Podemos dar o exemplo de
África, onde temos animais e paisagens lindas, como refere Chimamanda, mas por
outro lado temos situações desumanas que inquietam a população a nível mundial.
Subitamente, obtemos uma grande lição pois não podemos ficar pelo que vemos ao
primeiro olhar, podendo correr o risco de obter uma imagem completamente
errada. Tal como devemos procurar sempre as duas versões, também devemos manter
a história como ela é e nunca mudar o seu sentido porque fará uma enorme
diferença.
Resumindo, este vídeo no fundo fala das
desigualdades que se vivem no mundo, neste caso como essas desigualdades
influenciaram a vida de Chimamanda e de que forma estas influenciaram a sua vida.
Todo o seu discurso serviu para tentar por fim à visão errada da população
sobre o continente africano, para mostrar que se houvesse igualdades de oportunidades,
que os africanos seriam muito bons.
4. Que relação pode existir entre este perigo e a internet
A Internet pode
contribuir positivamente e negativamente para a História Única, conforme a
pesquisa realizada por uma determinada pessoa. Por exemplo: "O Ricardo
acreditava que o Egito é um país perigoso e destruído pelas guerras, um dia ele
realizou uma pesquisa aprofundada na internet sobre o Egito e descobriu que
apenas algumas áreas do Egito são perigosas e que outras áreas têm ótimos
locais paradisíacos e de meditação, cheios de habitantes simpáticos."
No exemplo anterior pudemos verificar que o conceito sobre História Única que o João tinha perante o Egito mudou através da sua pesquisa aprofundada na Internet, sendo que este contributo da Internet foi bastante positivo para o conceito de História Única, mas a internet nem sempre se manifesta positivamente nesse aspeto e como referi anteriormente, o contributo da internet poderá ser negativo ou positivo dependendo da qualidade da pesquisa da pessoa que a faz, vou exemplificar com o seguinte caso:
"A Daniela pensa que o Egito é um país conflituoso e repleto de pessoas perigosas, um dia a Daniela fez uma pesquisa académica sobre o Egito e leu apenas alguns sites que davam notícias sobre confrontos bélicos no Egito e depois desta pesquisa a sua opinião sobre o Egito piorou"
O exemplo da Daniela pode transmitir-se numa forma em que a Internet também pode ser perigosa para a fundamentação de uma História Única.
A Internet pode contrariar o perigo da História Única através de uma informação completa e fundamentada sobre um determinado país ou outro lugar, mas como nem todos os websites se mostram completos e como muitos autores de informação virtual podem manipular a informação negativamente, a melhor forma de contrariar a História Única é fazer uma pesquisa aprofundada e completa.
No exemplo anterior pudemos verificar que o conceito sobre História Única que o João tinha perante o Egito mudou através da sua pesquisa aprofundada na Internet, sendo que este contributo da Internet foi bastante positivo para o conceito de História Única, mas a internet nem sempre se manifesta positivamente nesse aspeto e como referi anteriormente, o contributo da internet poderá ser negativo ou positivo dependendo da qualidade da pesquisa da pessoa que a faz, vou exemplificar com o seguinte caso:
"A Daniela pensa que o Egito é um país conflituoso e repleto de pessoas perigosas, um dia a Daniela fez uma pesquisa académica sobre o Egito e leu apenas alguns sites que davam notícias sobre confrontos bélicos no Egito e depois desta pesquisa a sua opinião sobre o Egito piorou"
O exemplo da Daniela pode transmitir-se numa forma em que a Internet também pode ser perigosa para a fundamentação de uma História Única.
A Internet pode contrariar o perigo da História Única através de uma informação completa e fundamentada sobre um determinado país ou outro lugar, mas como nem todos os websites se mostram completos e como muitos autores de informação virtual podem manipular a informação negativamente, a melhor forma de contrariar a História Única é fazer uma pesquisa aprofundada e completa.
5. Anexo (pensar e enumerar exemplos de historias sobre
Portugal)
Este vídeo faz alusão
à construção do estereótipo de pessoas e/ou lugares, numa perspetiva de
construção cultural e de distorção de identidades. Chimamanda aborda uma única
fonte de influência, uma forma de contar histórias que se considera verdadeira e
única.
Com os últimos acontecimentos
relacionados com o pedido de empréstimo de Portugal à troika, a imagem de
Portugal tem estado em vários meios de comunicação a nível mundial, deixando de
ser um país praticamente passivo, para passar a ser um país extremamente
exposto. O nosso país é visto como um país idoso,
apático, pobre, mas também indignado isto porque as nossas conquistas
recentes têm saído fracassadas. Com todas estas exposições temos uma influência negativa na
procura de oportunidade de trabalho no estrangeiro pois julgam-nos sem valor, barrando-nos
à entrada dos outros países. Este é um dos exemplos de história única que foram
construindo em volta de Portugal e que dificulta a procura de oportunidades.
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